Aquele que se ressente entra no insuportável processo de autojulgamento e culpabilização. Diante da incapacidade de se haver com a própria culpa consequente desse julgo, aquele que se ressente projeta no mundo, no outro e, provavelmente, naquele sob o qual exerce seu pequeno poder, tal culpa no formato reativo de ressentimento.
De modo reverso, o ressentido fará o movimento constante de manutenção do ressentimento, das brigas, dos abusos e das toxidades dessa relação. Não há nenhum interesse em resolver o ressentimento ou a situação com aquele ou aquela alvo de tal perversão do uso do poder, uma vez que, ao supostamente resolver o conflito, o avestruz terá que se haver com seus pés feios, com suas pernas finas e perderá as belas penas que o colocavam em evidência. O ressentido terá que se haver com sua pequenez, com a mediocridade em ter sido incapaz de nutrir uma relação potente e livre.
Ressentir é projetar no outro e fazer a manutenção de uma relação abusiva para não se haver com a responsabilidade ter errado, falhado, faltado. É por insegurança que se exige que o mundo e que o outro se desculpe constantemente pelo mal que se faz a si mesmo.
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